ALUCINADO

Abraço-te em águas de sonhos
No lusco-fusco tépido, sinto-te
Mar de quimeras em mim...

Denise Severgnini



AMOR ALUCINADO

Alucinado/ num desvario ignoto
Abraço-te/ triunfante sem que me espante
Em/ juízo confuso de que não me acuso
Aguas/corredias soltas fluentes esgotam-se por penedias
De/vaticínios abismos insondáveis mistérios
Sonhos/que a mente cria em delírios de medos e fantasias
No/enredo que infunde desejos ensandecidos
Lusco-fusco/assombramentos, criaturas, sons ciciosos
Tépido/o sonho toma-se de desvairamento que dulcifica
Sinto-te/na doçura do teu corpo molhado afundado no meu
Mar/ encapelado pelos sentidos divagando inconscientes
De/descobertas em frémitos de ardência que se consente
Quimera/louca idealidade perdida no emaranhado véu 
                                          da obscuridade
Em /devaneios que ansiei não se apartasse de
Mim/meu manjar de alma adormecida

Denise      Tétita