ATÉ JÁ… ZÉ CARLOS

Vazio… completamente vazio! é como

me sinto. Porque tu, meu amigo,

nunca deverias ter partido… não assim,

em sofrimento, na flor da idade,

sem um último sorriso, de teus

amigos, que, esperando, aguardavam,

cheios de esperança, a tua recuperação.

Hoje o dia, se encheu, de dor e de muito

choro. Tua esposa, não se conformando,

abraçava-se aos amigos… enquanto tua

filha, chorando sem parar, não deixava

teu último repouso, chamando por ti,

como que, escutar, a pudesses, ainda.

De sol, se fez a manhã, à tua passagem,

num último agradecimento, à tua pessoa.

Sempre pronta para a vida, para os amigos

e para o teu trabalho, de todos os dias…

enquanto assim, o permitiram.

De notar, que as flores, de todos os jardins,

avivando ainda mais, suas cores,

prestaram-se a um lindo cumprimento,

enchendo o ar de doces fragrâncias,

lembrando, tudo que de bom, existia em ti.

Suave brisa, espalhando-se, pelas folhas

das árvores, tocou nossos rostos,

e, as recordações, logo se fizeram sentir,

a cada nova respiração, por cada folha,

sempre que tocada, pelos ventos.

Em triste caminhar, um belo pássaro,

cantava, a viva voz, chamando-me à atenção.

E dizendo-me, que, o que se perde hoje,

amanhã tornará a nós.

Ainda mais forte, porque, a natureza,

tudo renova, usando sempre, de uma justiça

cega, que não olha nunca, a quem.

Não sendo crente (como bem o sabias), sei

que não partiste, de todo, pois estás em tudo,

que, meus olhos, alcançarem, conseguirem.

Jorge Humberto

07/03 /09

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 08/03/2009
Código do texto: T1475889
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