O Anjo que aprendeu a Amar
Nas sombras dum mundo sem nome,
Entre o fiél destino e o livro do tempo
Vivia um anjo sem nenhum pronome,
No pleno silêncio do seu doce alento
O anjo nascido do mais lindo amor,
Se cria completo em alma e em corpo,
A cor da alegria na palma da sua mão,
A alquímia espelhada no seu coração
Seus olhos refletiam emoção sem fim
Nos confins do vosso sufoco e tristeza,
Que desaparecia na magia do seu sorriso
Vertendo a harmonia sob toda incerteza
Essa alteza de sua alma na simples beleza
Do seu tocar que transmitia a sua pureza!
Como se tudo não passasse de um sonho
Prestes a se evaporar ao além do tempo
O anjo feliz de ser, nunca soube querer,
Satisfeito com o acalento do seu corpo,
Ele nunca soube pedir mas sim oferecer,
Feliz com a alegria que o leváva a servir
Mas num suave e diferente amanhecer
Ao acordar entre as nuvems da poesia,
O anjo se perdeu na magia desse olhar
Que observáva e vigiáva seu doce sono
Quanto emoção desconhecida ali vivia,
No eixo do seu corpo e antro do coração,
Libertos com o rompimento e descoberta
Desse puro sentimento chamado de Amor
Aconchegado nos braços do seu benfeitor
O anjo dormiu reluzente e sem temor,
Leve, contente, perfeito, incandescente,
O sabor do beijo ainda vivo sob sua boca.
Salomé
"Inspirado por "Ser Amado" do querido Mago Merlin"