DE ALGODÃO É A REALIDADE

Lá fora a noite segue tranquila.

Há respirações trazidas de uma infância,

à muito perdida, e tudo é pleno,

revigorante e suave,

surpreendentemente suave,

como essas águas que vejo correndo,

num rio compreensivo e correcto,

concreto...

e ponho seda nas estrelas,

algodão no esmiuçar das nuvens,

fragmentos deste meu querer

desenhando formas e sonhos,

um sorriso, de quem afaga, com os olhos,

os olhos que quer ver.

Jorge Humberto

(28/01/2004)

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 27/04/2006
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