Amor Virtual
© Dalva Agne Lynch
Eu amo você
sem ter visto seu rosto
sem ter tido o gosto
que deve ter sua boca.
Sem ter deslizado os dedos
formando sonhos e enredos
nos contornos de seu corpo.
Talvez você seja belo
ou talvez seja apenas anelo
de ser o que não pode ser.
Talvez você seja branco
ou talvez seja escuro
pode ser esguio ou ser cheio
ou algo de entremeio.
Como vou saber?
Talvez você seja triste
ou ria alto, estridente
no meio de bicho ou gente
o que na verdade tanto faz
porque um bicho entende mais
do problema de ser gente
do que o ser demente
que somos nós!
A coisa é que amo você
pela sua eterna busca
que nem a solidão ofusca.
Pela emocão em apogeu
que sem querer você me deu.
O que podem saber analistas
místicos, ocultistas
dos segredos de amar?
Abro meu Facebook
e vejo seus olhos tristonhos
seus dedos digitando sonhos
com carinho, com temor
até mesmo com rancor...
E meu coração confuso
frente ao seu ser difuso
reitera em sua tela:
Sim, a vida é bela
e meu amor é seu.
© Dalva Agne Lynch
Eu amo você
sem ter visto seu rosto
sem ter tido o gosto
que deve ter sua boca.
Sem ter deslizado os dedos
formando sonhos e enredos
nos contornos de seu corpo.
Talvez você seja belo
ou talvez seja apenas anelo
de ser o que não pode ser.
Talvez você seja branco
ou talvez seja escuro
pode ser esguio ou ser cheio
ou algo de entremeio.
Como vou saber?
Talvez você seja triste
ou ria alto, estridente
no meio de bicho ou gente
o que na verdade tanto faz
porque um bicho entende mais
do problema de ser gente
do que o ser demente
que somos nós!
A coisa é que amo você
pela sua eterna busca
que nem a solidão ofusca.
Pela emocão em apogeu
que sem querer você me deu.
O que podem saber analistas
místicos, ocultistas
dos segredos de amar?
Abro meu Facebook
e vejo seus olhos tristonhos
seus dedos digitando sonhos
com carinho, com temor
até mesmo com rancor...
E meu coração confuso
frente ao seu ser difuso
reitera em sua tela:
Sim, a vida é bela
e meu amor é seu.