AMOR DEMAIS
Enquanto a noite se escondia,
envergonhada do nossos atos de amor,
surgia a Lua, prateando todo o horizonte.
E vinha com tal brilho, que o nosso amor
se emancipava entre sombras de carinhos.
Espreitando o horizonte azul cobalto,
pouco via eu, naquele torpor que o momento
criava em nossos seres.
Parecia que a Lua, comparsa dos amantes,
fingia nada ver, embora fosse crescente
seu olhar de noite.
Não havia tempo e o espaço era
aquele exíguo que nos colava os corpos.
Só os nossos corações disparados
e o nosso respirar de afogados
é que tumultuavam o silêncio daquela noite única.
Amor demais. Lindo demais. Esquecer jamais.