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Metade de mim!
Metade do que sou flui em disparada
O outro meio, sepulta-se em imersão ...
Deixo flutuar minh’alma abandonada
No doce exílio de profunda solidão!
Nos subterrâneos da noite estrelada,
A minha parte ermitã busca reflexão!
Metade do que sou flui em disparada
O outro meio, sepulta-se em imersão ...
Às vezes, em meio aos pássaros em revoada,
Meu ser , em parte, se entrega à doce ilusão
De, por teu amor, ser inteira e iluminada...
E deixo o sonho fluir livre em meu coração!
Metade do que sou flui em disparada ...
Denise Severgnini (mote) ; Edir Pina de Barros