É O AMOR A ÚNICA REALIDADE

E soube-o bem, sem quaisquer dúvidas,

desde o nascer, do primeiro dos dias,

em que o sol, por sua vontade,

se intrometeu, entre nós dois, com as

cores mais vivas e nítidas, até aí, por

mim realizadas (pendurado este, num

dos fios, do azul do céu), que seriamos,

um do outro, para todo o sempre, tendo

ante nós, por testemunha, bela manhã.

E sem que nos víssemos, nos víamos, em

cada uma das flores, desabrochando lá

fora, em todos os jardins, desta cidade,

onde até os animais, prestaram seu culto,

deixando de caçar. E, de, embelezar-se,

fizeram seu rito sagrado, a um amor, que,

bem o sabiam, acabara de nascer, tão

natural, como estes versos, que vos deixo.

Bastaram-nos poucas palavras, para que

nossos corações, corressem tresloucados,

quais cavalos loucos, na orla, de nossos

peitos. Quiçá junto a algum mar, que, de tão

tranquilo, nos escutou em silêncio, acarinhando

nossos olhos serenos, e, de seguida, dando-nos

um pouco de seu sal, sinal de vida eterna.

Hoje, enquanto, um só coração e uma mesma

alma, filhos que somos da natureza, prezamos,

acima de tudo, o bem-estar, entre tudo e todos,

primando sempre, pela verdade e a grata

humildade, repartindo o amor, como quem

reparte o pão, de cada dia, por nossa nobreza:

gesto singelo, que o tempo, bem plantou,

conquistada, pela dignidade, de uma confiança,

que, sobreviveu, a todo e a qualquer desdém.

Pelas mais pequenas coisas choramos; e, se

injusto é o mundo, por nossa indiferença, nunca

mas nunca o será. Pois, meus amigos, nós

somos o povo, que não esconde amor sincero,

perante ninguém… eis a honra, que nos cabe.

Jorge Humberto

04/02/09

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 05/02/2009
Código do texto: T1423607
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.