POR AMOR

No lânguido e suave silêncio

dos pensamentos meus,

pratico a arte de esquecer.

Abandono-me ao arrepio dos ventos

e deixo os reveses da vida

serem varridos para a não existência.

Nas profundas fontes da memória,

mantenho a receptividade de espírito

tanto na doce acalentura do sol,

como no melancólico nublado das nuvens,

em que uma tristeza fina

toca o meu coração

além do alcance da alma!

O bálsamo das flores

que não me impressionavam mais,

volta-se para mim agora,

como verdadeira essência da vida.

Imaginando cintilantes reflexos do sol

nas águas de um lago azul,

a poesia inunda o meu ser e sonho,

arrastado no espaço-tempo,

o sono interminável dos que vivem

o altruísmo na alegria e na dor,

vivendo só por amor!

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 31/01/2009
Código do texto: T1414683
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