VER-TE FELIZ

… E sempre, que tu sais de mim, sinto-me

um homem, realizado. Todo eu sou

força e comunhão, e, meu pensamento,

torna-se sublime, que, contigo,

quero partilhar, bastando, quantas

das vezes, um silêncio ou uma troca de

olhares, para que nos entendamos.

Ver-te feliz, mulher por inteiro, que

há entrega, não se nega, não me traz,

nenhuma autoridade ou supremacia,

que, muitos homens, gostam de ostentar,

ante suas parceiras.

E meu ser humilde e agradecido, num

desejo primário, tão natural, como o voo,

de uma ave, abraçando-te imensamente,

acaricia tuas mãos, beijando-te a alva tez,

para, por fim, perder-se, em teus lindos

olhos, da cor do mel, que, desde o princípio,

são para mim, o meu mais puro fascínio.

Saltam as torradas; enquanto ferve o café.

E, sentados à mesa, olhos nos olhos,

sorriso nos lábios, comprometidos, pela

satisfação, proporcionada, pelo amor, que

a todo o instante, temos um pelo outro,

falamos do trivial ao importante, não

deixando de lembrar, como fomos felizes,

aquando de nossa entrega, de à pouco.

Tomados por uma súbita fome, silentes

ficamos, e entregamo-nos aos sabores

e cheiros, da farta comida, espalhando-se

por todo o plano da mesa, até nos

satisfazermos por completo.

Então realizados, dirigimo-nos ao duche,

ajustando a água, para um estado morno,

e num banho rápido, logo nos secamos,

um ao outro, achando graça a tudo isso.

E em seguida, fugindo do frio, peguei-te

ao colo e encaminhei-me contigo, para

o nosso ninho de amor, despertando, de

novo, em nós, aquele enorme prazer,

de estarmos deitados, corpo contra corpo,

abraçando-nos mutuamente, sentindo a

respiração, um do outro, com o flamejante

desejo, a não se fazer esperar.

Jorge Humberto

26/01/09

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 27/01/2009
Código do texto: T1407596
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