Há que se aprender amar!
Há que se aprender amar
Com as horas passadas
Em frias, gélidas madrugadas
Ou em noites quentes, úmidas
Manhãs ensolaradas!
Há que se aprender amar
Arte, para poucos, muito poucos
Visto que o amor
Deixa de amor ser
Por simples falta, acaso
Esquecer a simplicidade
Deixar-se absorver pela realidade!
Há que se aprender amar
Que a nobreza de ser
Esta em compreender
A nítida, transparente
Essência de sentir, perceber...
Há que se aprender amar
Antes, que tarde, torne-se o hoje
Perca-se, em coisas pequenas
Em, não importar-se, distânciar-se!
Há que se aprender amar
Sim, esvaziar-se de si mesmo
Sucumbir, tornar-se pleno, absoluto
Há que se aprender amar
Ou então, navegar, navegar
Embarcar, em um porto qualquer
Se não se sabe amar!