Amor de poetisa

Dizem que a poetisa

Quando ama

Sente um querer diferente das demais mortais

Simplesmente por sentir mais

Normalmente já vivência o amor

Por coisas simples, quando caminha pelas ruas

Nada, nada, lhe escapa ao olhar

Pode ser o catador de papelão

Pode ser o aposentado sentado

Pode ser o cego atravessando a rua

Tudo lhe soa poéticamente

Ah!

Mas quando invadida é pelo amor

Amor de homem e mulher

Nossa, como sente a poetisa

Um sentir completamente distinto

Uma complitude absoluta

Um não sei o que por amar demais!

Ah!

Chega ao ponto de frustração

Por não conseguir de maneira alguma

Transcrever o que realmente sente pelo outro ser

Então, deixe que ame a poetisa

Ame em demasia

Que neste amar tão sentido

Jamais será perdido

O real sentido de se viver

Viver para amar

Sem este nobre deleite

A vida apenas seria algo morno, insonso

Prefere a poetisa perder-se neste porto

Arrastar-se do cais

Seguir a tormenta dos que amam demais!

Ao meu amor Júlio Damásio