DOR DA DISTÂNCIA

DOR DA DISTÂNCIA

Ah! Amor, como dói a ausência,

Não sentir teus lábios quentes

Humedecer a minha boca sedenta

E meu coração palpitante

Como é duro olhar o lutar

E não aquela mão, o olhar embevecido

Dos namorados do mistério

Que escondem nos corpos suados

De tanto amar, tanto amar!

Ah! Como é dorida esta vontade

De te abraçar e estreitar

Tal como a rosa estreita o perfume

No mais íntimos do seu ser,

E ter a distância como barreira

O mar, o céu, o vento

Entre nós e o firmamento

Que é nosso tecto, nosso lar!

Ah! Como choram meus olhos

Buscando no horizonte

Tua figura para mim correndo

Mais brilhante que o sol,

Mais veloz que o vento,

Inundando meus braços de vagas e sonhos

Que canto em verso,

Que escrevo dispersos,

No caminho que piso, sem te encontrar!

Ah! Amor, que chaga se abre

No peito já sofrido

Que sente, que sofre

O frio da distância, da lonjura

Que uns podem chamar loucura

Mas que apelido de força de amar!

Ah, amor, como dói a ausência

Que conforto numa lágrima

Apenas uma das tantas

Que como rosário desfiam sem parar!

Ah amor, que tortura que me faz chorar!

José Domingos

Jose Domingos
Enviado por Jose Domingos em 10/01/2009
Código do texto: T1378261
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