O Sol da Meia Noite ( Dueto)
Não aqueço a tua pálida alma,
não floresço o teu jardim...
No zênite perco o poente...
Clareio caminhos,
desmascarando falsos reflexos.
Permaneço sol coberto de noite.
Da tua noite perene.
A amiga poeta Esperança, mais uma vez, nos abrilhanta, em seu comentário, com os seus belíssimos versos, que muito nos emociona e encanta. Obrigado, poeta.
Se Eu Fosse Tua Musa.
Minha pálida alma se esvairia,
não fosse o calor que vem de ti...
Talvez, limites impostos pela vida
não te permitam saber o que senti,
lendo teu poema de amor tão doce, (e)terno...
No meu jardim, se não floresces, quem florescerá?...
A magia da beleza em ti se encontra
semeando flores no caminho do luar...
Tornas mais macio o meu caminho
e ando por sobre luz e arminho
e não me perco, porque estás a me guiar...
És o poente e és o nascente, ao mesmo tempo!
A luz que emana uma celestial visão
perene, atemporal... E tão real!...
Muitos caminhos iluminas com tua luz
e desmascaras reflexos tão falsos,
de cacos de vidro querendo ser cristal...
Permaneces sol coberto pela noite...
Mas, quem faria no céu lua brilhar,
não fosse tua luz a iluminar?...
Se a minha noite é perene, ou, assim parece,
tendo teu sol entranhado dentro em mim,
o que seria se cá não estivesses?...
O véu da morte me teria carregado...
E só assim não faz... Sabes por que?
- Porque estás aqui...
Esperança