O GOSTO DO AMOR
Amor teu nome é saudade,
É fogo, é flor, espinho e paixão,
Se doce, arde como pimenta,
Pulsa forte, explode, arrebenta,
Mexe e remexe, faz confusão.
O amor é como água corrente,
De onde nasce em sua vertente,
Chega a foz em leito corrente,
Sacode as paredes do coração,
Ao passar sempre deixa marcas,
Vai de encontro ao forte vento,
Seja encoberto ou ao relento,
De bem longe se ouve a voz,
Promulgando sempre sua razão.
O amor pode ser bem salgado,
Sair do frio, intensificar o calor,
Pode até ser suave ou rascante,
Indo do fosco ao claro brilhante
Com gosto, sem gosto é o amor.
Rio, 27 de novembro de 2008
Feitosa dos Santos