QUANDO ACORDAMOS PARA A MANHÃ

Acordo para a manhã, com um sorriso no rosto.

Diria, de firme convicção, que esse sorriso é mais

teu do que meu. Tamanho sorriso, que deixaste

eternizado em mim, em tudo que faça ou pense,

pois que tudo é sempre dirigido a ti, enquanto lá

fora, as flores te saúdam, ao te debruçares na

janela, vendo os pássaros depenicar, pequenas

migalhas, que vamos deixando, assim, aqui e ali.

Raia alto o sol, aquecendo-nos corpo e alma.

E, nossos corações, tal qual, cavalos loucos,

percorrem sôfregos, as margens de nosso peito,

numa busca insistente, de verdejantes planícies.

E entre sândalos, malmequeres e belas papoilas,

resolvemos parar por um instante, desfrutando

de beleza impar, sossegando eis nosso almejar,

que não deixamos, por um instante sequer.

Sem mais nada no chão e o cheiro a terra, bem

a nosso lado, misturando-se com mil fragrâncias,

que se vão soltando da erva e das flores, próprias

do lugar, onde nos encontramos, pois resolvemos

deitar-nos, e, de cada nuvem, fazer do imaginário,

uma realidade, só a nós visível. E por cada desenho,

que construíamos, uma risada se sobrepunha a nós,

e nos amamos mais e mais, por nos completarmos.

Ah, minha senhora, e nem precisamos, de sair de

casa, para gozarmos de tudo isto, que tudo está

dentro de nós, amparado e impulsionado, pelo nosso

grande amor, que sobe píncaros, vai natureza adentro,

mergulhando no mar de teus olhos, nada subtraindo,

que a sinceridade e a verdade é connosco.

E a manhã, ainda se faz sentir, embora nos sintamos

cansados, pela viagem encetada, ao som de um beijo.

Jorge Humberto

13/11/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 14/11/2008
Código do texto: T1283293
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