SÃO VERSOS QUE TE DEIXO

É na alvura das nuvens, que moldo

teu rosto, no entusiasmo das cores

primeiras, da manhã acabada de

surgir, detrás do rio multicor, tão

sereno no se mostrar, como teus olhos.

Aos poucos, conforme a manhã, se

faz rainha, refulgem mais intensamente

as matizes, e, um lindo arco-íris, logo

me lembra teu sorriso, liberto de aziagas

mal quistas, de quem sorrir se esqueceu.

E, avançando a manhã, as cores dão lugar

ao livre correr das águas, bem junto às

margens, possivelmente urdidas por tuas

mãos, bordando livres pousos de aves,

buscando aí a predilecção do dúctil peixe.

Abrindo um pouco mais, a janela de meu

quarto, não posso deixar de me sentir, mais

perto de ti, pois tu és essência e fragrância,

pura natureza, invadindo meus sentidos,

que rabisco na folha, tão imaculada como tu.

Jorge Humberto

27/09/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 28/09/2008
Código do texto: T1200845
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