CONTAMINADOS
Me infectei com seu amor.
Contaminei com sua beleza.
Brotou em mim, uma vírose
Feita de carinhos, afagos.
Espalhou por todos poros.
Mal sem cura, sem remédio.
Bem que dura, estigmatiza.
Um basta a solidão, tédio.
Um viva a vida viva. Ameniza,
embriaga, vicia, contamina.
Mais gostoso assédio.
O veio da mina.
O X do problema.
fim do dilema.
Início do encanto,
Um ode, um hino, um canto.
Fiquei dependente,
Estou contente.
Voce, tão linda.
Começa e finda,
No gosto do gostar.
No perfume suave,
Beijos compartilhados.
Sonho dos meus sonhos.
Mágica, delicada ave.
Pousada em meus versos.
Lúdica, rosa encantada.
Dois corpos imersos,
Duas vidas cumplíciadas.
Um solo de amor-perfeito.
Causa, razão, efeito.
Um cantâro de fadas.
Uma história de magia.
Pântano, planalto, cume.
Archote, tocha, lume.
Essa doença só se cura,
Com doses de doçura.
Só vai se sarar,
Com drágeas de amar.
Só vai ter fim,
Com voce em mim,
Eu em voce.
Banhados pelo rócio
De constantes amanhecer.
Anoitecendo a mesma noite.
Madrugadas de igual insônia.
Banhados por raios lunares,
Respirando idênticos ares.
Comendo o mesmo alimento,
Saciando-nos com mesma umidade.
Vivenciando contaminados,
Em unicidade!...