Vermelho Sangue
Sei o quanto é belo nesse corpo quente,
Nesse ser clemente um rio de vermelho sangue
Navegar em lençóis profundos envolto a dor,
Misturas e intempéries abalroando a vida.
Em dada hora rio manso, mar sereno, assobio.
Outras tempestades, calafrios, tussiname,
Essas estações na alma úmida brota consciência,
Certezas de que a vida é navio em turbulência.
Esse coração acelera exausticanente
Esse ser tem pressa e quer alforria, atracar.
Chegar ao porto sã e salva livre, livre, livre
Do sofrer que a muito tempo invade-me
Congestionando a bloquear as artérias.