Desencontros

Ao procurar por respostas um dia encontrei

No alto daquelas montanhas o inverno eterno!

Um velho sábio que me condenou

A vagar sob perdição!

Onde não existe sentimento fraterno

Num tempo que a misericórdia enterrou

Á rasgar em dor o corpo acostumado

Por lutar em desonra estou ameaçado!

Neste mundo onde o paradoxo fez seu reinado

De civilizações tão decadentes

Neste toque do teu corpo tão quente!

Fazendo me seguir à frente

Deste exército de escavadores de mentes!

Vejo o desencanto escorrer em minhas mãos

Armas expostas a indicar a direção!

Guerreiros dispostos a conquistar!

Toda a glória refletida em teu rosto,

Habituado á ser indiferente à tentação.

Querendo romper com violência o silêncio!

Que exala tua devoção,

Seu mórbido sorriso inocentar!

Um sádico sentimento demonstrar

Neste mundo de crianças mutiladas!

Com quem a morte brinca na gangorra

Este martírio trazendo exaustão, e me prendendo na masmorra!

Somente quando desvendar estas idéias retalhadas

Que voltarei á merecer o teu perdão

Quando ao voar pelo vale da lamúria em um dragão!

Terei o poder para acreditar em libertação

Levantarei minha alma contra a tirania!

Invocando meus irmãos para revigorarem em testemunho!

Em sua memória vai se erguer então o templo

Que terá a supremacia do tempo!