TUA PRESENÇA
Tua Presença
Tua presença me espreita, me ronda
Angelical ou insidiosa presença... já nem sei.
Tua presença me põe dúbia quando me sonda,
E me faz pensar no remoto dia que te esquecerei.
E assim, sob o olhar da tua presença silenciosa,
Eu vivo e morro, rejubilo-me e choro
Canto e emudeço, padeço e imploro
Renuncio e aceito, rebelo-me e busco-te
Como se fosses meu, por direito.
E quando a razão fria me exorta a considerar
A improcedência deste meu querer,
Meu coração obstinado assim responde à razão:
- Tu, razão, não me dás alívio ou consolação
- Não te ouvirei, pois se ouvir-te, eu morro
- Deixa-me amar, ainda que em carreira solo
- Deixa-me amar, é só assim que vivo.
E então tua angelical ou insidiosa presença
Que tanto eu queria olvidar mas não consigo,
Me ronda, me espreita, me sonda,
E vai caminhando
Passo a passo
Comigo.
© Fátima Irene Pinto
(No Livro Momentos Catárticos)
Tua Presença
Tua presença me espreita, me ronda
Angelical ou insidiosa presença... já nem sei.
Tua presença me põe dúbia quando me sonda,
E me faz pensar no remoto dia que te esquecerei.
E assim, sob o olhar da tua presença silenciosa,
Eu vivo e morro, rejubilo-me e choro
Canto e emudeço, padeço e imploro
Renuncio e aceito, rebelo-me e busco-te
Como se fosses meu, por direito.
E quando a razão fria me exorta a considerar
A improcedência deste meu querer,
Meu coração obstinado assim responde à razão:
- Tu, razão, não me dás alívio ou consolação
- Não te ouvirei, pois se ouvir-te, eu morro
- Deixa-me amar, ainda que em carreira solo
- Deixa-me amar, é só assim que vivo.
E então tua angelical ou insidiosa presença
Que tanto eu queria olvidar mas não consigo,
Me ronda, me espreita, me sonda,
E vai caminhando
Passo a passo
Comigo.
© Fátima Irene Pinto
(No Livro Momentos Catárticos)