Pelas retinas
Sem trovoadas,
essa é uma noite insone
de pensamentos inoportunos, invasores.
Morro de saudade de ti.
Mas a tua espera é vã.
É um vão extenso para o meu corpo inquieto,
que não aceita a vastidão redimensionada dessa cama.
Sinto agonia na alma
que busca o teu cheiro quase tênue.
Em desesperanças, me recolho,
eu a mim,
Me rendo.
Deixo-me fluir nesse infindo corredor da saudade,
em lágrimas que me transbordam o coração
e seguem ácidas
pelo caminho das minhas retinas.