Pelas retinas


Sem trovoadas,
essa é uma noite insone
de pensamentos inoportunos, invasores.
Morro de saudade de ti.
Mas a tua espera é vã.
É um vão extenso para o meu corpo  inquieto,
que não aceita a vastidão redimensionada dessa cama.
Sinto agonia na alma
que busca o teu cheiro  quase  tênue. 
Em desesperanças,  me recolho,
eu  a  mim,
Me rendo.
Deixo-me fluir  nesse infindo corredor da saudade,
em lágrimas que me transbordam o coração
e seguem ácidas
pelo caminho das  minhas retinas.
zilma Damasceno
Enviado por zilma Damasceno em 03/09/2008
Código do texto: T1159705
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