Esse querer sentir o gosto de mim,
me faz andar estradas tão longas.
Muitas vezes à pé, em carro de boi ou em carroças até.
Aqui, o solo é árido e poeirento,
com léguas de caatingas e cheiro de alecrim.
Nesse chão me fiz e esse chão me faz.
Mangabeiras ao lado da estrada,
sempre me ofereceram
as mangabas mais doces.
E umbuzeiros me ofertavam suas copas
para deliciar-me em sombras e brisas.
Sou mesmo do interior,
Vivo em estado de contemplação
e também de aflição, coisa à-toa...
Não me importo com a sorte.
e não rimo sorte com morte.
Apenas sigo, procurando um verdadeiro amor.