UM POUCO DE MIM

Tenho, na minha vida, como pedras

basilares meus pais, minha amada, mi musa,

meus amigos, que aprendi a conhecer,

e que cuidam de mim sem preconceitos,

dando-me o privilégio, de sua excelsa poesia,

que me faz sentir tão pequenino, ante

sua bela arte, que eu não fui além nos estudos.

Deu-me alguma sabedoria os anos, em que fiz

das ruas, minha morada, dando-me a oportunidade,

de estudar comportamentos: alguns pacíficos,

outros nem por isso, sendo essa a destrinça, que

fez de mim, quem hoje sou.

Podia ser rancoroso, por tudo o que sofri; pela

falta de mão estendida, pelo escárnio de minha

desgraça; mas a todos perdoei e compreendi,

que era apenas uma auto-defesa, de quem não

sabia lidar com o problema: e bem pelo contrário,

mantive puro meu coração.

Leve, leve brisa, que passas ou já passaste ou

virás a passar, deixas sempre assinalada, tua

chegada, nas folhas trémulas, de uma árvore,

quando a tarde se põe: lá aonde deposito meu amor.

Sou como a uma criança grande, que gosta de brincar e

de fazer sorrir, seus amiguinhos, apenas com o

único intuito de me divertir e de a eles dar-lhes um

melhor lugar para viver.

Não precisamos de ser tão sérios, como se andássemos

aqui, a fazer favores, uns aos outros. Para tudo tem

sua hora, e, o bom senso e postura de cada um, no dia-a-dia,

é quem nos dita e permanece na lembrança,

que não se apaga nunca, se o bem-querer é reinante.

Sou e vivo para a Natureza, como quem respira o

primeiro fôlego, da manhã chegada! e transporto

teu retrato, para onde quer que eu vá.

Sou feliz… e às vezes nem sei bem porquê! na

certeza, que vives a meu lado, perto ou longe –

e isso que importa?

Jorge Humberto

31/08/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 01/09/2008
Código do texto: T1156398
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