AMOR SEM FIM

Que mais haverá a dizer de ti, meu amor,

que ainda não tenha sido dito, com a

mesma naturalidade, que a maré, ao pousar

suas águas cristalinas, na linha da praia?

De mil e uma maneiras, teu rosto moldado,

pelas minhas mãos, em extremo cuidado,

já o expus, em toda a sua benevolência,

para que outros desfrutassem, de sua beleza.

E há um sorriso, que sobressai, encanto de

meus dias mais tristes, quando recorro a ele,

para, enfim, adormecer, em paz com o mundo.

Amo-te, como se não houvesse hoje, e todas

as recordações fossem nossas! a lembrança

do primeiro beijo, respirando em nós.

És tudo que mais quero e almejo, musa de

meus versos, companheira de todas as horas,

em que a noite reina mais cedo, como

sombra de gatos, importunando nosso sossego.

Minha Mulher, tão amada, que, nem por um

instante, me deixaste só, devo-te a existência

e o respeito duradouro.

E a ti devoto meu dias, fino cristal, que nunca

se quebrará, por ser íntegro teu ser e o nosso

amor sem barreiras –

velas enfunadas, às tuas praias, aportarei, e, aí,

ergueremos nossa casinha, bambinelas dependuradas.

Jorge Humberto

31/08/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 01/09/2008
Código do texto: T1156384
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