TU ÉS

TU ÉS

Tu és a brasa que ainda arde sob as cinzas

Tu és ferida que ainda sangra sob a casca

Tu és fragância que restou de murcha flor

Tu és longínquo eco de não extinta dor

Tu és réstia de luz em agourenta noite

Tu és o livro que não terminei de ler

Tu és o topo onde não finquei minha bandeira

Tu és o vulto que jamais pude compreender

Tu és a porta que não se abriu ao meu chamado

Tu és a fonte que secou tantas vezes sem avisar

Tu és rascunho dolorido eternamente inacabado

Tu és canção que ainda gosto tanto de escutar

Tu és vida latente e teu nome é esperança

Tu és caminho bifurcado ao longo do trajeto

Tu és o mais estranho de todos os afetos

Tu és, sem ser, bússola, farol, rumo, guiança!

- Fátima Irene Pinto -

www.fatimairene.com

No Livro Ecos Da Alma