NOVO ALENTO
Durmo à sombra de meus
sonhos.
Não sei porque estou, ou se
há sentido nisto tudo.
Muitos amores foram cartas
amarrotadas, que guardei,
onde esquecimento se fez,
de folhas amarelecidas pelo tempo.
Até que o verdadeiro amor,
reclamou, de meu torpor egoísta,
como o passar por alguém,
sem o ver, para além de sua lonjura.
Mas esta, porque quem meus
sentidos renovaram novo intento,
deu nome ao sonho adormecido –
e de mim para mim, derrubei portas,
deixando somente a janela aberta,
para entrares no mais alto de mim.
Meu ser, feito
de movimentos bruscos, sem controle,
entregou-se ao caminho, sem escombros.
Esfreguei os olhos entorpecidos,
de conceitos e ideais,
somente para te mostrar, que o meu
amor por ti é recíproco.
Esquecido o poeta, realizei o homem!
que todos os caminhos me levam a ti.
Jorge Humberto
12/07/08