PEDAÇOS DE SAUDADES
Já não mais chorarei por amor algum, sobre a face da terra,
Não mais serei cúmplice das palavras melodiosas ditas ao teu ouvido,
Eu que por muitas vezes cantei os versos de amor serei mudo,
Esperarei... Que saiba eu, esperar as migalhas de um gesto enternecido.
Neste vale do desterro ao qual fui jogado, não permanecerei,
Não ouvirão as minhas lamurias, porque as palavras já me faltam,
Na reminiscência busco sempre o conforto para minha alma,
Dos áureos dias que ficaram e que hoje de saudades me matam.
Tu mulher! Nunca entenderás as palavras ditas sem um significado plausível,
Cada palavra tem seu ápice, um significado com o qual fora mencionado.
Não esqueças de limpar na lápide as ultimas lagrimas que deixastes
E assim viverei os meus últimos dias como herói de um amor angustiado.
João Pessoa, 02/07/2008
Feitosa dos Santos