ODE A MEU AMOR
Meu amor é tão mais sincero
quanto mais dela é a sua lucidez.
E é dela tudo o que eu espero,
humildade, amizade e muita honradez.
Não vi até hoje pessoa como ela,
sempre correcta no expressar-se.
Se me equivale-se ao que é dela,
motivo seria para de mim contentar-se.
E de cada vez que deixa boa impressão,
é tão natural como em nós o respirar.
Pois tudo o que fala, fá-lo com o coração,
meigo, equilibrado, no peito a ponderar.
Sensível como nunca vi em mais ninguém,
preocupa-se com todos e toda a gente.
Entanto é de carne como outro alguém,
sofre, adoece, se alguém mente.
Dos filhos seus é toda a dedicação,
que nada lhes falte por sua conduta.
Fascínio tão grande não vi nem adoração,
e com eles enfrenta a vida e vai à luta.
Mulher trabalhadora como ela não há,
de casa sempre asseada e acolhedora.
Quem lá entre bem reparará,
na mão uma pá, na outra uma vassoura.
Este, meus amigos, é o meu grande amor,
a levar pela vida fora – eternamente.
Não há aqui pensamentos vagos ou supor,
seremos, como somos, do outro infinitamente.
Jorge Humberto
29/06/08