Poesia
É poesia contemplar teu corpo
Longilíneo, pulsante
Como um sedutor engano.
Suavidade inconseqüente,
Preenche claridades
E cores dissonantes.
É poesia o seu sorriso
De brisas oceânicas
Emanando gestos transparentes,
Força de belezas que vislumbram
Volutas desconhecidas.
É poesia a carícia de suas mãos,
Névoas leves como plumas radiosas,
Sutis como vitrais de templos bizantinos
Onde estátuas repousam
Carregadas de sombras rarefeitas,
Cinzas de um amor peregrino.
Poesia extraída do livro: Chuvas de Primaveras
... e outros poemas de outono.
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