Em nome do amor

Calam-se palavras
Enojadas ante as armadilhas
Em nome do amor
Silêncio de morte anunciada
Alma cansada à procura de paz
Dormem os anjos em túmulos de sonhos
Lúcifer devassa as catacumbas do ser
Choram almas enegrecidas no breu
De artimanhas articuladas
Vociferadas em letras mortas
Não há como fugir à realidade torpe
Mãos inoperantes decretam sentenças
Condenam à prisão perpétua anjo dormente
Suspiro de vida, emanado pelo cordão de prata
Restaura a esperança viva...
Que persista a credulidade ingênua do anjo que dorme
Réstia de expectativa pelo corruptor mordaz
Restabeleça-se a Justiça Divina:
“Dando a Cezar o que é de Cezar”,
“E a Deus o que é de Deus”