Mártir

Depois de tanta procura, tantas noites não dormidas

Tantos sonhos e utopias, infantis imaginários

Já achei, já achei meu escondido

Entre os verdes orvalhos

Entre flores e canários

Minha rica floresta de sonhos, sentidos.

Já achei quem procurava, coloquei no coração

Mas o sonho se consome

Consome-se a imaginação

Consomem-se os desejos

Fica o medo, obsessão

Pela intensa procura, pelos intensos beijos

Pelos abraços, pelas promessas

Pelos momentos, pelo infinito

Não passarem de mera ilusão