O SILÊNCIO DO AMOR

O amor surge na Terra, com essência

de ternura sob diversos aspectos.

É paciente, como o olhar materno,

a acalentar o frágil filho

no seu colo de açucena!

Não se apega aos laços da fúria

incontida do egoísmo e da dor inútil.

Não é o primeiro, nem o último,

é simplesmente amor...

Espelhando brandura pelas veredas da vida!

Assim como as flores, que enfeitam

tanto os terrenos íngremes como

as vinhas férteis, o amor floresce

no bem, mas compreende o mal e perdoa,

silentemente, os deslizes mortais.

Reflete os seus aspectos numa palavra amiga,

na doçura de um sorriso apolíneo,

no silêncio enternecedor dos corações,

onde as mais belas palavras são ditas

pela diadema luz de um olhar!

Como um mimo frouxel de ninho,

é leda espera constante e não perece,

nem mesmo na amplidão da madrugada triste,

quando deixa de ser espera

para se tornar saudade!...

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 07/06/2008
Código do texto: T1023616
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