FALANDO DE AMIGO

FALANDO DE AMIGO

 

Nosso drama é a inveja humana,

Todos os dias a nos devorar,

Até quando eu morei na cabana,

Ou andei pela beira do mar.

 

Zeus reclama até de Poseidon,

Mas o irmão lembra de Cronos,

Pois sabe que todos têm dons,

Que se revelam em meus sonhos.

 

Certa noite sonhei com alguém,

Mas ele já está do outro lado,

E ele me disse de lá do além,

Como agir para ter resultado.

 

Ele foi um sincero amigo,

Pois falava a todos de mim,

E me disse que tudo é perigo,

Pois ele foi antes do fim.

 

Fomos parceiros em cada labuta,

Como a dupla mais que dinâmica,

Que só perde pro rio e a truta,

Como se dá razão à semântica.

 

São nesses encontros de almas,

Distintas, mas também conectadas,

Que traduz o mistério das fadas,

Tão ligadas às prosas contadas.

 

Mas são os contextos do ego,

Que tremulam em vestes do tempo,

E debulham até o milho do cego,

Que plantou diante do vento.