UM TEXTO AMIGO
UM TEXTO AMIGO
Não sei se será um texto,
Que devo buscar pra falar,
Ou mesmo se há contexto,
Ao que possa me libertar.
Já nem sei qual pretexto,
Se um dia eu só sangrar,
Ou se for bola ao cesto,
E o conscrito vier salvar.
Se erraram na escolha,
Foi Nero que riu a queimar,
E a Pompéia ficou na encolha,
Sob um vulcão sem o mar.
Ressuscita até o palhaço,
Mas qual graça que há,
Se a morte é o compasso,
De quem só saber matar.
Mas, há dias, meu amigo,
Que meu sonho é mudar,
Cada cabeça e umbigo,
De quem não sabe amar.
E, por isso eu me valho,
De quem esteja a guardar,
Seus tesouros no galho,
Desfolhado ao sonhar.
Pra que um texto amigo,
Seja o fruto e o pomar,
Que num cesto contíguo,
Nos prometa embalar.
UM TEXTO AMIGO
Não sei se será um texto,
Que devo buscar pra falar,
Ou mesmo se há contexto,
Ao que possa me libertar.
Já nem sei qual pretexto,
Se um dia eu só sangrar,
Ou se for bola ao cesto,
E o conscrito vier salvar.
Se erraram na escolha,
Foi Nero que riu a queimar,
E a Pompéia ficou na encolha,
Sob um vulcão sem o mar.
Ressuscita até o palhaço,
Mas qual graça que há,
Se a morte é o compasso,
De quem só saber matar.
Mas, há dias, meu amigo,
Que meu sonho é mudar,
Cada cabeça e umbigo,
De quem não sabe amar.
E, por isso eu me valho,
De quem esteja a guardar,
Seus tesouros no galho,
Desfolhado ao sonhar.
Pra que um texto amigo,
Seja o fruto e o pomar,
Que num cesto contíguo,
Nos prometa embalar.