Câncer e vida por três medidas (in/memorial Ângela Ceschin)
Câncer e vida por três medidas
Sei das manhãs que virão pra ti ,fartas,inconsequentes,
Inefáveis jardins! Criaste,todos aquí ,bem a frente,
o desuso te cansa,e da tarde desce a casa devagar
e as estrelas se aquietam em seu lugar
e devo eu buscar a minha,mas não se canse, de me pensar!Adormeça!
Sinto -me e de padrões e èticas de se for, me dispo,
e sentindo -me,sorrio pra noite
movem os pés anjos eleitos
pra dar de bençãos,entusiasmo,
e cada canoa a remo,
remarei por solidão!
Me faço sentar ao seu lado no leito,tão nosso,
e ouvir histórias amenas de junco de lírios
e coisas compatíveis ao coração;
e essa causa-morte,plantar madresilvas quem sabe,
pela sanidade do corpo,que me faz deitar e dormir,
e acordando eu , no teu leito de mortalha
esperar pra onde nos levam teus calores?!
Pois cada menção de amor,cada ritmo de perdas minhas,
és de delírio meu tuas sementes,teu novo delírio de dor ,
conheci,muito bem,todas as quantidades de sonhos!!
Eis minha eterna amiga,mulher tanto fina que nem bregeira
deu jeito no encanto,de levá-la a sítio nescessário;
E então meandros de poesias esquecestes,e se calaram,
e por dor e de dor nos tornamos,a quem me rezou em trapos,
a incompatibilidade divina!!
Sendo assim término coração faliu poesia,preces,Torpor;
E pra quem não sabendo que partistes,sem possibilidade dos lábios,
e de algum outro beijo desconhecido,
acabaste de ti, em mim,
quando de ti bem antes,
de tanto frio,adormeci!!