INQUIETAÇÃO DE UM AMIGO

Onde andas, minha amiga?

Por que, vez por outra, tu ausentas

Sorrateira e repentinamente

Com teu olhar inocente?

Voejas pela amplidão

Entre rútilas estrelas?

Ou caminhas solitária e livre

Em dunas desertas e tristes?

Na tua ausência sentida

Nem mesmo as flores nos cântaros

Desabrocham suas pétalas...

Tudo se faz apenas: cinzentas sombras funestas!

No leito azul que te acolhe,

Dorme o teu sono, amiga!

Aqui fico nesta espera

Onde as lágrimas são bem-vindas!

Um dia, ó doce amiga,

Mergulharei no relicário dos sonhos teus

E a minha inquietação terá fim

Pois os teus sonhos serão meus.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 27/04/2013
Reeditado em 29/04/2013
Código do texto: T4262108
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