A MODÉSTIA QUE REGE MEUS PASSOS

Não sigo regras algumas, quando me ponho

a escrever; e deixo que sejam

meus pensamentos e minhas emoções,

o golpe de asa, com que me narro.

Não sei quantas almas tenho, pois tanto

sou amor como introspecção;

sou tal qual um barco vazio, remando ao

acaso, numa ânsia, de mar aberto.

Da natureza sou o seu máximo esplendor;

dos amigos, a consideração;

e se não sei de mim, busco os caminhos,

que percorri, como num fluir de águas,

procurando a sua foz. Cerco-me então de

flores, que eu colho nos jardins;

e por entre coloridos tais e fragrâncias mil,

sou aquele, que, por afecto, aos

outros se dá. E se pelo cansaço me venço,

o fruto, que vou colhendo,

é todo ele um sol, nascendo para lá do horizonte,

na busca da manhã primeira – sua luz.

E assim, faço da humildade, a minha estrada,

sem algozes nem rancores,

que meu ser, nasceu para sonhar e para amar,

numa modéstia, que rege meus passos.

Jorge Humberto

08/10/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 08/10/2011
Código do texto: T3264853
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