Falta de inspiração II
Tem dias que a gente força... Força,
mas nem a fórceps a palavra vem!
Como dizer: Obrigado!...
Aí rasga-se o poema, pois não valeu à pena!...
Como aceitar assim este poema forçado?!...
Revolvo “Aurélio” trás prá frente... Frente prá trás
e só aí percebo o quanto estou vazio!...
Hoje, depois do fato passado, me lembro:
Dei um beijo na testa da Dora,
(olhos meios mareados) um abraço apertado
e disse: Muito obrigado!...
Foi este "muito" que ficou entravando
o poema que afinal, nem saiu!...