DESPEDIDA

Adeus... sim, adeus!

Hei de ir aos campos compridos,

lá vagam velozes vozes antigas:

a cura para o sol caiado

que dorme as vestes do dia!

O adeus deixa três méritos:

a certeza de ir, a mancha de pensar,

a fé pendida em um varal,

sim, ir é conferir os degraus

na direção oposta das raízes... e ir!

Quando o dia girar à revelia,

já será hora de voltar:

ora se o mar vai e logo volta outro,

porque hemos de voltar as marés,

deixemos as portas fecharem...

MIRANIL MORAES TAVARES
Enviado por MIRANIL MORAES TAVARES em 12/09/2010
Reeditado em 08/01/2013
Código do texto: T2492635
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