EM RESPOSTA
Se a dor não te abandona, transforma-a .
Existes, e és parte de cada sentimento,
embora sofrimento.
As rosas que nascem a cada instante
podem conter espinhos: retira-os.
E as ondas traiçoeiras afogam
se não souberes nadar.
Se és solta no mundo,
a brisa que te conduz
poderá levar-te a um desconhecido
se não tiveres teus pés presos ao chão.
Não vagues. Divagues, embora enxergando
o tudo de belo, o tudo de feio.
Faz da dor mais uma amiga
entre as poucas que possuis
e crê que, embora ainda te doa,
respiras de leve uma tristeza
que há de transmutar-se num sorriso.
Tuas vidas (mais que uma)
dependem do que construas sem esmorecer
e as lágrimas que banham o teu rosto
lavarão a tua alma
em cada pranto que chorares...
Se a dor que sentes e que te acompanha
faz de ti a companheira,
não reclames:
- é triste a solidão...
- é bem mais triste o vazio interior!
E se as recordações chegam, de mansinho,
povoando o teu pensamento
fazendo-te encher de nostalgia,
podes dizer sem medo: sou feliz!
pois a maior tristeza
é viver sem uma lembrança
e sem ter porque sentir saudade!
(Poema composto em 1974 e dedicado a uma amiga que passava por momentos de tristeza e de desilusão)
Se a dor não te abandona, transforma-a .
Existes, e és parte de cada sentimento,
embora sofrimento.
As rosas que nascem a cada instante
podem conter espinhos: retira-os.
E as ondas traiçoeiras afogam
se não souberes nadar.
Se és solta no mundo,
a brisa que te conduz
poderá levar-te a um desconhecido
se não tiveres teus pés presos ao chão.
Não vagues. Divagues, embora enxergando
o tudo de belo, o tudo de feio.
Faz da dor mais uma amiga
entre as poucas que possuis
e crê que, embora ainda te doa,
respiras de leve uma tristeza
que há de transmutar-se num sorriso.
Tuas vidas (mais que uma)
dependem do que construas sem esmorecer
e as lágrimas que banham o teu rosto
lavarão a tua alma
em cada pranto que chorares...
Se a dor que sentes e que te acompanha
faz de ti a companheira,
não reclames:
- é triste a solidão...
- é bem mais triste o vazio interior!
E se as recordações chegam, de mansinho,
povoando o teu pensamento
fazendo-te encher de nostalgia,
podes dizer sem medo: sou feliz!
pois a maior tristeza
é viver sem uma lembrança
e sem ter porque sentir saudade!
(Poema composto em 1974 e dedicado a uma amiga que passava por momentos de tristeza e de desilusão)