Para Túlio. Abril/2008.
A gente esconde a palavra
E atrás dela mesmo se esconde.
E depois, sai, de não sei onde,
Alguém que gosta de poesia.
Fala-nos com sabedoria do Jânio
(o Quadro), da Florbela Espanca
e depois, do Chico. E a tranca,
que protegia a porta, abre-se,
ao verso e ao sentimentalismo.
O comerciante vira de novo poeta
E ao invés de vender o ovo, empresta
A galinha. Dá ao novo amigo
Um livro da Florbela e um disco
Do seu mais caro compositor: O Chico.
E acrescenta seu livro: “Eu e meu destino”
Entre os citados, quanta insignificância!
Mas seu livro é o seu sonho de infância.