LÁGRIMA DERRADEIRA

Lágrimas de chuva são almas tristes

a chorar. Como rios de verdes chistes

caem do céu nuvens derradeiras,

caras coradas, faces frágeis, inteiras.

No silêncio que a tormenta cala insistes.

Persistentes como garras, mãos em riste

alevantamento de asas – as primeiras -,

sorris à vida, como nos pulsos pulseiras.

Sem dúvidas resistentes, suprimidas,

vou-te buscar: desenhando-te em flor…

pondo de parte as canções oprimidas,

e o que fica entre nós é um grande amor.

E assim, as palavras agora definidas,

como o mais consentâneo ao derredor

de tudo o que almejamos, vão de vencidas

a novas conquistas, e acabou-se a dor.

Jorge Humberto

15/10/2024

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 17/10/2024
Código do texto: T8175607
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