Mosquito Elétrico

Homenagem singela de minha filha.

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Magro, levado, rápido e espevitado. Quando pequeno, menino levado.

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No fundo queria ser reconhecido, mas os olhos de pedra não notavam o pedido.

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No fundo da alma o menino sonhava, queria carinho de quem mal o notava.

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O menino cresceu, homem virou, bonito e garboso, mas o mundo mudou.

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A inocência se foi, deu lugar aos desafios, no fundo ele sabia que ainda era um menino.

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O mundo nos obriga a ser gente grande, faltava o menino se ver como gigante.

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Gigante na inteligência, nos talentos, nas palavras, mas o homem menino a si mesmo não enxergava.

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De fora quem olhava o achava incrível, mas o mundo e seus desafios lhe foram consumindo.

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Dia após dia, mesmo com os tropeços, a vida lhe mostra que ele é um guerreiro.

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Viver é saber que nascemos para errar, o sublime dessa vida é poder consertar.

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Aquele que remenda seus erros com carinho, deixa no fundo do outro uma semente para o plantio.

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O menivo espevitado, hoje sonha com poemas, no papel tece ideias de diferentes temas.

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Substitiu o cavalo por uma moto possante, pra seguir as estradas desse mundo intrigante.

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És amado e observado, por mais que se sinta sozinho, mas não pense por um minuto, que não existe um caminho.

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Porque os Céus nos presentearam com uma vida e seus sabores, somos nós os responsáveis por angariar os amores.

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Homem de mil facetas, menino de apelido engraçado, voa alto e continue grande no caminho a ser trilhado.

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Já nos dizia o poeta, o mundo é um moinho, mas somos nós, água límpida, do rio que vai fluindo.

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Amanda Dórea
Enviado por Cesar Dórea em 19/01/2022
Reeditado em 27/01/2022
Código do texto: T7432767
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