RISO

Ó, bem sei do verbo que leio;

Da palavra mansa que se multiplica;

Entre os canteiros das vitrines;

Espelhos que me refletem;

Num sorriso louco, o gargalhar.

Sou a esperança triste que zomba;

Na hora do meu lamente tristonho;

Um sorrir irônico, talvez, se rir...

Bem me quer no meu querer;

Os meus pensamentos em devaneios.

Se sou alegria, ponho tristeza;

Para que possa sorrir de tudo;

Que está vazio, próximo de mim;

Por eu ser fantasia, palhaço;

Desse meu camarim em estrofe.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 07/10/2020
Código do texto: T7082187
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