RISO
Ó, bem sei do verbo que leio;
Da palavra mansa que se multiplica;
Entre os canteiros das vitrines;
Espelhos que me refletem;
Num sorriso louco, o gargalhar.
Sou a esperança triste que zomba;
Na hora do meu lamente tristonho;
Um sorrir irônico, talvez, se rir...
Bem me quer no meu querer;
Os meus pensamentos em devaneios.
Se sou alegria, ponho tristeza;
Para que possa sorrir de tudo;
Que está vazio, próximo de mim;
Por eu ser fantasia, palhaço;
Desse meu camarim em estrofe.