Lar

O lar comprime alargando,

Deixando mais estreitos os laços,

Afrouxando com a dureza dos sentidos,

Por isso ele faz relaxar ao se retesar.

Porto seguro de um barco à deriva,

No balançar das ondas a falsa calmaria,

Já que não se reduz o conflito,

Apenas acalenta com o aconchego dos tesos.

Doce é o lar que salpica o sal da vida,

Dormitando sonhos num repouso frouxo,

Pacificado pelas tradições que buscam lugar,

Uma catequese que inicia sem parar.

Venha o gosto do aroma da refeição,

O olhar terno da carícia eterna,

Sendo sempre crianças a desejar,

Livres para se fazer guardar.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 23/04/2019
Código do texto: T6630538
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.