DIREITO - COLAÇÃO DE GRAU

Em 1822

Uma Escola de Direito

Havia a necessidade

De se criar, com efeito

Para o próprio ordenamento

Sem o comprometimento

Com Coimbra e seu preceito

Estava dentro do pleito

Não somente a formação

De meros operadores

Mas humanistas de ação

Com destra acuidade

Cultural identidade

Da soberana nação

A viável solução

Para que o nosso Império

Desse a formação técnica

Pensadores com critério

Literatos, estadistas,

Poetas e jornalistas...

Cá no nosso hemisfério

Muitos outros ministérios

Teriam os bacharéis

Outras ciências humanas

Comporiam seus cinzéis

Como administradores

Hábeis historiadores

Na azáfama dos pincéis

Afirmo sem rapapés

Que em São Paulo e Olinda

Em 1827

Criou-se essa coisa linda

Cuja aula inaugural

De forma sensacional

Em vinte e oito se brinda

Quase dois séculos depois

Esta turma tão querida

Investe na Academia

Dá prosseguimento à vida

Dos juristas no Brasil

E realça no buril

A vitória adquirida

Às expensas dos seus dias

Com esmero e com cuidado

Para servir ao país

Com seu ar abalizado

Com denodo e com ética

Com disposição atlética

Conhecimento alargado

Que o Senhor cuide de nós

Amplie nossos horizontes

Que a justiça divina

Esteja também nas fontes

Que havemos de consultar

Para depois empregar

Na elaboração de pontes

E este é o nosso desejo

Que cada um estudante

Possa ser um professor

Um lente que adiante

A justiça social

E que o amor fraternal

Seja a Lei preponderante

Os que forem advogar

“Façam do jurídico o justo”

Conforme afirma Reale

Já de antemão degusto

Que alguns juízes teremos

De forma que então busquemos

O ensinamento augusto:

Aquilo que você quer

Que o homem então lhe faça

Faça-o ao homem também

Afirma com muita graça

O nosso santo Evangelho

Sempre novo, nunca velho

Que a nossa alma abraça

Deus abençoe cada um

Alunos e professores

A nossa UFPB

Mães e pais - nossos amores,

Nossos colegas queridos

As mulheres, os maridos

E os orientadores