SOBRE O NASCER E O VIVER

Tem dias que nascemos como o orvalho, em áureas d’um sol ilhaço,

Mas há outros que neblinam em nossa mente chuvas do desassossego.

Tem dias que falhamos com nossas ideias, e, cegos como um morcego,

Caminhamos por onde o vento leve, leva-me, preenche-me num abraço.

Então, quando o pó que nós somos dilui-se nos ombros pesados,

Penso: qual dos humanos tecerá um mundo de benevolência?

Ciência, arte, as esferas de sabedoria dos nossos retárdios,

Acharão sublime vocação? Haverá a quem peça clemência?

Então, termino esse dia semi-nublado despido de incertezas.

Sobre a mesa, o húmus que consagra o amor, é estilo.

Quem dera as noites escuras gerassem luzes-fortalezas?

Assim, a alma a si mesmo edificaria: ternura, abraço, sorriso.

Wilder F Santana
Enviado por Wilder F Santana em 24/05/2018
Reeditado em 24/05/2018
Código do texto: T6345692
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