A Complexa Arte da Leve SIMPLICIDADE

Nos cafundós de mundo,

O casarão velho e carcomido sobre a pedra.

Contrastando com o verde,

Imenso ovo de Colombo;

Reciclando os benevolentes recursos,

Que misteriosamente na Natureza se transformam,

Nada se perde,

Naturalmente profunda,

Tudo se recria.

Dando vida, embelezando o monumento do cume.

A pedra sustentáculo da casa,

Resistente e robusta.

Abrangente vista fecunda,

À vista.

Lugar ideal para se tragar o cachimbo da paz,

Espiralando a fumaça anelada da poesia,

Durante o dia.

E em noites de magia,

Com luar, estrelas, pisca-pisca,

Pirilampos vagabundos,

Vagalumes, vinho, livros, fondue,

Ouvidos, lareira, boa prosa, música, companhias,

Placidamente: corações em liturgia.

Tudo é belo e reflexão.

Alquimia!

Onde há reunião no espigão,

Entre amigos,

Encontros de nostalgias!

Nesses efêmeros momentos,

A tristeza, desamor e desilusão,

Não tem espaço para a importunação.

Aquele lugar atípico,

É onde reina a solicitude,

Benevolência e terapia:

Quimeras da quietação.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 09/04/2015
Reeditado em 29/04/2015
Código do texto: T5200262
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