LEMBRANDO A MINHA INFANCIA
LEMBRANDO A MINHA INFANCIA
Lembrando hoje, a outrora;
Nas plagas lá do sertão
Sinto profunda emoção,
Todo dia a toda hora.
Escrevendo, estou agora,
Do que fiz e o que sentia,
Quando meu peito se enchia
De um prazer infinito,
Achava tudo bonito
E com isso passava o dia.
Cedo, quase madrugada,
Contemplava o arrebol,
O canto do rouxinol,
Despertava a passarada.
As folhagens encharcadas,
Do orvalho que caia,
O meu peito se enchia
De um prazer infinito
Achava aquilo bonito
E com isso entretia o dia.
Passava o dia brincando,
Sem ter outro pensamento,
Deitava-me ao relento
E ficava observando.
Via as aves voando,
Num trinado de alegria,
O meu peito se enchia
De um prazer infinito,
Achava aquilo bonito
E com isso entretia o dia.
Quando as aves diurnas,
Procuravam seu pernoite
E o manto negro da noite,
Abria as portas das furnas.
E as serpentes noturnas,
Silvavam de alegrias,
O meu peito se enchia
De um prazer infinito,
Achava aquilo bonito
E com isso entretia o dia.
Assim a noite chgava,
e com ela a minha andança,
Sentir o prazer da folgança,
No corpo que já pesava.
A minha mãe me falava,
Que o amanhã já viria,
Logo o peito se enchia
de um prazer infinito,
Achava isso bonito
E assim terminava o dia.
Poeta Manuel Feitosa & Feitosa dos Santos,A.